por Lauro Edison, 2012 * (Ler partes I, II, III e IV)
Como vimos desde a primeira parte, “intuição” – no sentido filosófico aqui usado – é praticamente um sinônimo de “entendimento”: a capacidade subjetiva de apreender a estrutura intrínseca dos objetos investigados, sejam estes concretos ou abstratos. E na parte anterior também vimos que à intuição se opõe, em certo sentido, outra maneira de realizar inferências, hoje típica dos computadores: a lógica formal. Ao contrário do que vimos Hofstadter afirmar antes, temos também opiniões como a de Robert Blanché:
“Os progressos do formalismo em breve mostraram que este estava sujeito a essenciais limitações internas: donde resulta que, por maior que seja a distância a que se coloque a intuição, por mais diminuto que seja o papel a que ela se encontre reduzida, nem por isso deixa de ser a ela que cabe julgar em última instância.”
– História da Lógica, p.222
Ora, se as intuições, assim entendidas, estão realmente na base do processo racional – pelo menos no caso humano –, então cabe olhá-las em detalhe, perguntar sobre seus limites e imperfeições, tentar descobrir até que ponto são confiáveis. Pelo visto não temos nada melhor, afinal. O que é realmente contra-intuitivo? Há fatos simplesmente ininteligíveis?
Eis o que veremos a seguir.
Se uma visão intuitiva da razão é correta, parte do que ocorre é o seguinte: nossas representações mentais nos dão acesso à boa parte da estrutura intrínseca do mundo físico – a parte que nos foi evolutivamente relevante, ao menos – de tal modo que mesmo bebês já inferem racionalmente que bolinhas reapareçam do outro lado da parede, após saírem da vista, ou que se choquem em vez de se atravessarem. Sim, “inferem”, em vez de “esperam”. Pois plausivelmente os bebês fazem isto através de um raciocínio consequente baseado em intuições físicas, em vez de o fazerem com base em expectativas gratuitas e irracionais: a evolução não daria ponto sem nó, gerando expectativas adequadas para incontáveis situações físicas independentes (a bola não atravessa a parede; o prato não atravessa a mesa; mamãe não atravessa a porta; etc.), quando seria mais eficaz embutir diretamente as leis da física na mente infantil (‘dada a estrutura da solidez…), permitindo assim que todo o resto se torne prontamente inferível, de um só golpe (…segue-se que quaisquer objetos sólidos não se atravessam’).
O que os bebês fazem, então, é basicamente usar a razão. Como diz a psicóloga do desenvolvimento infantil Alison Gopnik, no excelente TED Talk ‘O que Pensam os Bebês?’, “se perguntássemos há 30 anos, a maioria das pessoas, inclusive os psicólogos, diriam que os bebês são irracionais, ilógicos, egocêntricos – que eles não poderiam ter a perspectiva de outra pessoa ou entender causa e efeito. Nos últimos 20 anos, a ciência do desenvolvimento mudou completamente esse quadro. De muitas maneiras, nós achamos que o pensamento dos bebês é como o pensamento da maioria dos cientistas brilhantes”.
“Qualquer cientista vai reconhecer essa expressão de desespero” (Alison Gopnik)
A propósito, antes que alguém murmure algo, tampouco os bebês poderiam aprender o funcionamento físico por simples tentativa e erro, interagindo com o mundo e a cultura, como pensariam muitos:
“Crianças de três meses mal conseguem orientar-se, ver, tocar e estender a mão para pegar, quanto mais manipular, andar, falar e compreender. Elas não poderiam ter aprendido coisa alguma mediante as técnicas clássicas de interação, retroalimentação e linguagem. Não obstante, estão sabiamente compreendendo um mundo estável e regido por leis.”
– Steven Pinker, Como a Mente Funciona, p.339
É, pois, realmente uma física intuitiva o que a evolução nos legou. E se os padrões da física podem ser apreendidos intuitivamente com esse grau de sucesso, certamente também o podem os padrões lógicos e matemático-geométricos, porque a realidade não respeita apenas as leis da física, mas também as necessidades lógicas e matemáticas. E como intuições corretas são, em geral, as que funcionam, são também as que evoluem.
Então as intuições são plenamente confiáveis?
Essa pergunta em bloco é antiquada. É claro que muitas intuições erradas ou incompletas também evoluíram, porque suas imperfeições não tiveram impacto no contexto de nossa evolução: numa situação onde costumávamos ter apenas algumas dezenas de vizinhos, não fazia diferença ter essa péssima intuição probabilística, que todos temos, sobre um mundo de inimagináveis 7 bilhões de pessoas. E hoje precisamos compensar isto com pesadas teorias estatísticas. Por outro lado, tampouco podemos errar em tudo, e não apenas porque a espécie não teria sobrevivido em tal caso. Verdades elementares e onipresentes, como certos fatos básicos sobre números ou relações lógicas (com os quais, aliás, tecemos as pesadas, e corretas, teorias estatísticas), iriam necessariamente se impor à nossa cognição, do mesmo modo que se impõem aos nossos corpos (e mais ainda do que as leis da física o fazem), porque simplesmente não há alternativa: em todas as escalas, lugares, tempos e atividades, reais e imagináveis, dois mais dois são inconfundivelmente quatro, e se A contém B e B contém C, então A contém C. Num certo sentido, nem mesmo poderia existir uma representação mental errada sobre esta espécie de fatos necessários, já que sequer há alternativas possíveis capazes de serem re-presentadas: desvios como ‘2 + 2 = 5’ não podem ser “presentados” (realizados), pra começo de conversa; é isso o que significa serem impossíveis. Que essa espécie de intuições elementares sejam plenamente confiáveis é, pois, tão plausível quanto dois mais dois serem quatro.
Tais intuições mais gerais, as certas e as erradas, são inatas. Mas é claro que não estamos simplesmente presos a elas: assim que uma imperfeição intuitiva faz diferença, percebemos o conflito entre expectativa e realidade. O próprio conflito é adequadamente contra-intuitivo, nos informando assim de que algo está errado: a estrutura visada simplesmente não é da maneira que a representamos mentalmente, ou se comportaria do modo esperado. Mas ela se comporta de outro modo. Então como ela realmente é? A impossibilidade de compatibilizarmos certas intuições conflitantes, unida à informação sobre o tipo de comportamento inesperado das coisas observadas, é material suficiente para atingirmos intuições novas e adequadas: representações mentais reconfiguradas, agora capazes de representar a estrutura de coisas ou relações até então desconhecidas.
Quando o conflito entre expectativa e realidade desaparecer, é porque acertamos algo importante.
Às vezes essa revisão intuitiva é fácil, como quando crianças compreendem o paradoxo de o ponteiro do relógio das horas mudar de lugar, com o passar do tempo, apesar de estar “sempre parado” a cada instante. Como é possível, afinal? Ocorre que o movimento do ponteiro, embora seja contínuo e ininterrupto, é mais lento do que somos capazes de perceber a olho nu. Assim ele nos parece parado, embora de fato se mova. A solução intuitiva envolve distinguir “movimento”, que sempre fora uma coisa só, em “movimento percebido” e “movimento real”, com a devida imaginação da relação entre ambos. E esta é uma mudança (de fato, um aprofundamento) na estrutura de nossa representação mental do comportamento do ponteiro: ela agora inclui a novíssima noção de movimento imperceptível; e o conflito se resolve. Eis um belo avanço intuitivo. Mas às vezes isso é bem difícil, e veremos que um exemplo é o caminho um tanto árduo para tornar intuitivo o fato de a velocidade da luz ser invariável (o que envolve ao menos uma intuição sofisticada sobre a distorção da “malha” do espaço).
Agora um ponto do maior interesse sobre a (nossa) racionalidade: acontece de ser impossível apreender certas estruturas intuitivamente? Certamente que sim, pois somos criaturas cognitivamente limitadas e não anjos. No entanto, esta afirmação está longe de ser o que em geral parece! Aquilo que sem dúvida está fora de nossa capacidade intuitiva, e é de se esperar que esteja, é qualquer informação cujo volume de complexidade, ou simplesmente o volume bruto, exceda nosso fraco poder de retenção de dados. Que 2 + 2 = 4, é imediatamente intuitivo (ou seja, é óbvio). Que 8 x 7 = 56 já exige a decomposição do fato em alguns componentes mais simples. E que 647 = 4398046511104 já é um fato cuja totalidade estrutural está completamente fora de nossas possibilidades intuitivas – muito embora, é claro, possamos compreender sem dificuldade seus aspectos mais gerais, como o fato de se tratar da unidade sendo tornada 64 vezes maior, e então este fato por sete vezes seguidas. Igualmente, somos capazes de apreender na íntegra o funcionamento de uma roldana e, com mais esforço, o das engrenagens de um relógio; mas é impossível formarmos alguma intuição do funcionamento total de um laptop embora, outra vez, uma apreensão mais geral, abstraída dos detalhes, seja perfeitamente possível.
Uma outra categoria de fatos cuja apreensão nos é impossível são aqueles que o filósofo Thomas Nagel chamou, numa feliz expressão, de “negativamente inconcebíveis” 1. Tais fatos são as experiências subjetivas de criaturas diferentes de nós. Por exemplo, é plausível que as renas do Ártico, que são sensíveis à luz ultravioleta 2, experienciem cores diferentes de todas aquelas que conhecemos. Se este é o caso, é impossível formarmos alguma intuição de tais cores. Mas a razão pra isso não é uma limitação de nosso poder de análise ou de memória, e sim o fato de a estrutura relevante (o “matiz característico” da cor), por estar na base de um outro tipo de mentalidade, ficar totalmente ausente de nossa possibilidade de percepção. Nosso cérebro simplesmente não possui a “matéria-prima mental” que o cérebro de outras espécies possui. Presumivelmente, apenas uma conexão cirúrgica do sistema visual das renas com o nosso cérebro nos permitiria enxergar, e daí intuir, tais cores. Mais estranho é conjecturar sobre a experiência subjetiva de morcegos, que se orientam no espaço através de sons. Eles de fato “veem com os ouvidos”. E como lhes parece? Talvez vejam cores como nós, se bem que associadas a ondas de ar e não de luz. Mas talvez “vejam” alguma coisa completamente diferente. Parece implausível? O etólogo Richard Dawkins faz o maravilhoso comentário de que, se os morcegos fossem inteligentes como nós, ficariam igualmente intrigados com o fato de que a luz, para nós, é “audível” 3.
Objetos Impossíveis?
De longe os fatos mais interessantes e perturbadores a escaparem de nossas intuições são os “positivamente inconcebíveis”. São, de fato, tão inconcebíveis que uma visão intuitiva da razão é levada a sustentar que talvez sejam impossíveis. Já ouvir falar de um penteract? Aqui dá pra ver uma “sombra da sombra da sombra” dele: (http://youtu.be/jMMKceXeExY). Não dá pra ver mais do que isso, porque é um objeto de 5 dimensões e a tela é apenas bidimensional: é como pretender colocar um cubo em uma folha de papel. Mas se você quer tentar imaginar o objeto de fato, tal como é, saiba que cada quina do penteract, formada por quaisquer duas linhas que se encontrem, é exatamente como os cantos de um quadrado: mede 90 graus (nas imagens: ?). É verdade que, tirando o quadrado abaixo (que cabe inteiro em duas dimensões), nem todas as quinas dos demais objetos aparecem com seus 90 graus “de frente”, para valer, mas apenas obliquamente. A quina marcada na lateral direita do cubo, por exemplo, precisa ser distorcida aqui (?). Mas é fácil ver que um cubo de verdade, dispondo das três dimensões que lhe são de direito, teria suas 24 quinas formando ângulos retos, plenamente quadrados (4 em cada lado; 6 lados). O mesmo é dito valer para o tesseract em quatro dimensões, e para o penteract em cinco dimensões! Leia outra vez. Tente quase-imaginar isso!
Supostamente espaços e objetos com mais de três dimensões, bem como espaços “recurvados” em que retas paralelas se cruzam, são estruturas plenamente possíveis. De fato, o próprio mundo físico é assim, a estarem corretas as devidas interpretações da Teoria da Relatividade e da Teoria das Cordas. O problema com tais supostas estruturas é duplo. Primeiro, elas não apenas são impossíveis de apreender intuitivamente, como 647 ou o tamanho da galáxia: elas são positivamente contra-intuitivas, e de um modo pelo visto irremediável. E é pior: até mesmo a razão de serem contra-intuitivas é igualmente vedada à nossa intuição. Em oposição a isto, é perfeitamente intuitiva a razão de não sermos capazes formar uma intuição abrangente de 647 ou do tamanho da galáxia: falta-nos tanto memória quanto poder de raciocínio. E podemos até mesmo perceber, com toda a transparência, nossa capacidade cognitiva ir se tornando gradualmente insuficiente para imaginar, de um modo realista, o tamanho de casas, prédios, quarteirões, bairros, cidades, estados, países, planetas, sistemas solares, galáxias, etc., o mesmo ocorrendo com nosso raciocínio diante de crescentes graus de complexidade.
Exatamente por isso é intrigante o segundo problema: os componentes de estruturas como o penteract são, longe de complexos, manifestamente simples e intuitivos: meras retas dispostas no espaço. Não parece haver qualquer possibilidade de incompreensão, nenhum detalhe obscuro onde nosso erro pudesse se ancorar. Compare esta situação com aquela da invariabilidade da velocidade da luz: não importa a sua velocidade ou direção, a luz sempre passa por você a 300 mil km/s. Isto é invariável. Mas como pode ser? Não é óbvio que, se você estivesse numa nave a 200 mil km/s e um fóton passasse por você “na contramão”, sua aproximação seria de 500 mil km/s? Sim, é óbvio – se o espaço e o tempo são inalteráveis e rígidos como nos parecem. Mas, e esse é o detalhe obscuro, se o espaço pode se contrair e o tempo passar mais lentamente, de modo que a situação esperada da luz seja compensada, o que passa a ser óbvio é que a velocidade desta será invariável, pois “velocidade” é simplesmente quanto espaço se percorre em certo tempo. Estou simplificando as coisas, mas o que interessa aqui deve estar claro: nossas intuições estão cristalinamente corretas e a Teoria da Relatividade não é um exemplo de nosso fracasso intuitivo, como muito se diz. Muito pelo contrário, ela é um dos maiores sucessos de nossa capacidade intuitiva.
O que está errada, no exemplo acima, é a nossa pressuposição de que o espaço e o tempo sejam rígidos e invariáveis. É assim que eles sempre nos pareceram, é verdade, mas apenas porque em nossa escala de tamanho, na superfície da Terra, a realidade de fato é assim. No fim das contas, não é contra-intuitiva a ideia de o espaço se contrair ou distender, ou de o tempo passar de forma mais rápida ou lenta. Pode ser implausível à primeira vista, como o voo dos aviões e a atração à distância dos ímãs, mas está longe de ser literalmente contra-intuitiva, isto é, inconcebível. O que é contra-intuitiva, e com razão, é a possibilidade absurda de a velocidade da luz ser invariável em um espaço e em um tempo rígidos. Ora, isto é exatamente tão impossível quanto nos parece. Mas é exatamente esse tipo de impossibilidade que parecemos ver nos tesseracts e penteracts: uma vez que você usa as três dimensões do espaço – altura, largura e profundidade –, é imediatamente óbvio que as direções estão esgotadas.
Num romance intitulado Planolândia, Edwin Abbott deu a entender que as criaturas planas e inteligentes de um mundo bidimensional seriam incapazes de compreender a possibilidade de uma terceira dimensão. E que, portanto, estamos na mesma situação delas em relação à quarta dimensão. O mínimo que se pode dizer é que esta é uma opinião gratuita. A não ser por um desejo irrelevante de evitar o “chauvinismo 3D”, como se isto fosse algum tipo de bom-senso diplomático interdimensional, o que nos parece óbvio é que, pelo contrário, essas criaturas só deixariam de compreender a terceira dimensão se fossem deficientes mentais. Não há nada intrínseco a um plano que impeça uma direção que lhe seja perpendicular; pelo contrário, tal direção parece metafisicamente inevitável.
Ou, claro, isto é apenas um sintoma de minha limitação intuitiva.
Mas como sequer dar sentido a essa espécie de quase-hipótese?
O que resulta destas observações, se estão corretas, é que espaços e objetos multidimensionais são definidos de forma suspeitamente indistinguível de círculos quadrados ou de uma matemática em que 2 + 2 = 5. Considerando que os sistemas lógicos em que estão fundados só reconhecem contradições formais (A e não-A, como em “redondo e não-redondo”), e não materiais (A e B, como em “redondo e quadrado”); e que as inconsistências que parecemos perceber são eminentemente materiais 4, segue-se que a impressão de que tais objetos geométricos são metafisicamente impossíveis dificilmente pode ser descartada como mera limitação cognitiva. Mas o ponto principal aqui é que, seja como for, não se pode simplesmente deixar as intuições pra lá: é preciso resolvê-las, como se fez com o comportamento aparentemente contra-intuitivo da luz. Ignorá-las equivale a desistir da compreensão ou, pior, aceitar impossibilidades. Assim, cabe tentar compreender intuitivamente sejam os tesseracts, seja a razão de não podermos concebê-los; ou então descartar sua interpretação espacial. É mesmo para tanto? Creio que sim. Quem pensa que as intuições são “ilusórias” e que insistir nelas é “obscurantismo” precisa lembrar que mesmo as regras da lógica formal, tomadas por muitos como a quintessência do rigor intelectual, dificilmente são mais que a compilação de um subconjunto de nossas intuições. Um subconjunto que tem a peculiaridade de servir igualmente bem para uma gama variada de casos e, portanto, se presta à formalização (que é, de fato, uma generalização). Mas é só.
Tais intuições, espécie de “empatia estrutural” com que a seleção natural nos dotou, e cuja possibilidade e funcionamento não são aliás mais obscuros que os da empatia emocional, ou que a adequação dos ossos à gravidade terrestre, são o fundamento último da razão humana, no que respeita à parte subjetiva da relação epistêmica entre sujeito e realidade. E são também, indiretamente, o fundamento das regras das lógicas formais, criadas por nós. Evidentemente que, além disso, tanto a razão humana quanto as regras formais, bem como as teorias físicas, funcionam porque a realidade, para lá de nossa influência, é da forma que é, fisicamente; e da forma que não poderia deixar de ser, metafisicamente. Ela se impõe a nós, à nossa biologia e à nossa compreensão.
Outra vez, se você discorda de tudo isso, ou mesmo se concorda, a seguir colocaremos todas as cartas na mesa, laboriosamente reunidas nas últimas cinco partes, resolvendo de uma vez por todas o problema de co mo tratar, da maneira filosoficamente neutra que é recomendável, as definições de racionalidade. E então poderemos tratar das relações igualmente importantes entre razão e objetivos, verdade e, finalmente, emoções.
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A seguir: parte VI Resolvendo as Definições
Os distintos modos de definir ‘razão’, as motivações filosóficas por trás deles e a forma como se relacionam.
Notas
- * Texto original de Lauro Edison, revisado por João Lourenço. ↩
- NAGEL, THOMAS. Visão a Partir de Lugar Nenhum, p.153 (Martin Fontes, 2004) ↩
- Cf. hypescience.com/renas-do-artico-conseguem-enxergar-luzes-ultra-violeta. ↩
- DAWKINS, RICHARD. O Relojoeiro Cego, p.64 (Cia. das Letras, 2001) ↩
- Pois é apenas a interpretação do formalismo matemático-geométrico como tratando de mais de três dimensões espaciais que é contra-intuitiva; interpretá-la como indo além de três dimensões econômicas, organizacionais, ou mesmo temporais, seria perfeitamente concebível: por exemplo, dimensões conjugadas de oferta, procura, salários, número de empregados, tempo, etc. Nenhum problema, pois, com o formalismo. O problema é a interpretação espacial. ↩